estava aqui a não pensar escrever sobre leituras recentes, por exemplo os ensaios de orwell ou uma substancial porção da obra de bioy casares, e acho que mesmo sem pensar nisso é o que não vou fazer.
a edição portuguesa da playboy sai já em março, dizem, e mais dizem que "não será uma cópia de qualquer outra", isto segundo são mamede, sónia de primeira graça, do grupo fresta, responsável pela empreitada. mais anuncia que não se devem esperar "apenas playmates, coelhinhas" (haverá «playmates, touras»?), e que "conhecendo as edições de outros países, fazem parte da revista artigos de fundo e boas entrevistas". estes tipos estão mesmo dispostos a não copiar ninguém; sabem o que o público português procura numa revista deste género - muito artigo de fundo (o sr. alberto até os pendura na parede do fundo da oficina) e sobretudo muito boas entrevistas, o que aliás sónia afiança mais adiante, "temos que ter em conta que a revista é para os portugueses". por isto mesmo modestamente sugiro que se constitua uma boa equipa de psicologia clínica para o acompanhamento das coelhinhas, que poderão ver-se em situações complicadas de auto-estima depois de se saberem preteridas por uma boa entrevista, ou paper científico, por parte dos consumidores da revista, rude golpe no amor-próprio de tantos vinte e pouco aninhos que tantas vidas poderá ceifar, conselho que a malta da fresta não descurará.